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5 coisas indispensáveis para quem quer cuidar de idosos

Descubra as principais características para a atuação profissional do cuidador de idosos

Texto de Gabriel Almeida

O envelhecimento da população acontece com rapidez e fatores como rotinas de trabalho, agendas cheias e compromissos pessoais e profissionais trazem a sensação de que o seu ente querido poderia estar sendo melhor cuidado e com a atenção de um profissional qualificado para tal. Além da importância re­la­cio­nada aos seus conhe­cimen­tos de temas médicos, como pri­mei­ros socorros, orga­niza­ção de remé­dios, acompa­nha­mentos e afe­rições, os cui­dado­res de idosos são de pro­funda rele­vân­cia para possibi­litar que o ente querido não fique total­mente sozinho no seu dia a dia, evi­tando a dessocia­lização, depre­ssão e ansie­dade. Tanto o pro­fissio­nal interes­sado em atuar como cuida­dor de idosos, quanto os fami­liares que desejam con­tra­tar seus ser­viços, é impor­tante que sejam obser­vadas as prin­cipais caracte­rísti­cas a serem procu­radas neste tipo de atuação. Cuidar para que o pro­fis­sional certo seja esco­lhido e enten­der se você, como cui­dador possui todas as habi­lida­des neces­sárias, aju­dará a fazer a melhor opção.

1. Paciência e empatia

Idosos possuem um tipo de com­por­tamento bas­tante espe­cífico e que está rela­cio­nado intrin­seca­mente com o avanço da sua faixa etária. Não é incomum que pes­soas com mais idade tenham traços que sejam rela­cio­nados com a tei­mosia, o esque­cimento, a repe­tição de infor­mações, a inde­lica­dezas e redu­ção de suas capa­cida­des moto­ras ou autos­sufi­cien­tes. Levando este cenário em con­side­ração, o cui­dador de ido­sos precisa ter paciên­cia e empatia para enten­der e se rela­cionar com seu paciente. Estas modifi­cações na per­sona­lidade são total­mente natu­rais, já que o orga­nismo humano passa por alte­rações bioló­gicas que impactam não apenas a capa­cidade cogni­tiva, mas também as habi­lidades moto­ras, emo­cio­nais e físicas. O pro­fis­sional deve ser capaz de adotar dife­rentes con­dutas com o passar do tempo, iden­tifi­cando as limi­tações de dife­ren­tes pessoas e desen­vol­vendo métodos espe­cíficos para cada situa­ção, garan­tindo o bem-estar e a inde­pen­dência do paciente.

2. Bom humor e otimismo

Um cuidador acima de tudo é uma boa com­pan­hia. Com isso, o bom humor, o oti­mismo e a ale­gria são essen­ciais para a boa con­vivên­cia e a cria­ção de um laço afe­tivo. É necessário criar um am­bien­te agra­dável para que o ido­so se sinta con­for­tável, até mesmo para expor suas dores. Este pro­fis­sional pre­cisa ter a habi­lidade de não levar suas pró­prias frus­tra­ções, pro­ble­mas e ques­tio­namen­tos pes­soais para o ambi­ente em que o seu paci­ente é aten­dido. É espe­rado que o cui­dador de ido­sos tenha a capa­cidade de atuar com sere­nidade e tran­quili­dade, já que uma das prin­cipais atua­ções deste pro­fis­sional é melho­rar a qua­lidade de vida do seu paci­ente. Algumas das tare­fas do seu dia a dia são as de levá-los para ativi­dades ao ar livre, para socia­lizar com outras pes­soas e pro­curar levar uma vida coti­diana comum dentro das pos­sibi­lidades do paci­ente.

3. Observação e escuta atenta

A observa­ção é uma das prin­cipais quali­dades de um cui­dador de ido­sos pro­fis­sional. Estar atento não ape­nas ao que o seu paci­ente diz, mas, tam­bém, ao que ele trans­parece sentir sem a neces­sidade de falar com todas as letras é pro­funda­mente impor­tante nesses casos. Observe o seu com­por­tamento, pro­cure dedu­zir seus pro­ble­mas, ante­cipar frus­tra­ções e cui­dar para que nada pas­se des­per­cebido. A escuta é um comple­mento da obser­vação. O cui­dador pre­cisa estar atento ao seu paci­ente, ao ambi­ente como todo e às pes­soas ao seu redor. Perceba quando obje­tos caem no chão, se existe algum ambi­ente molhado ou fios que dão cho­que. Aten­te-se aos luga­res mais peri­gosos e, ao menor sinal de pro­ble­mas, é pre­ciso ser rápido na inter­venção. Além disso, esteja sem­pre em con­tato com seu paci­ente, ouvindo suas von­tades, dese­jos e pro­blemas, um cui­dador pre­cisa conhe­cer o idoso para aju­dá-lo da melhor mane­ira.

4. Autocontrole e organização

O profissional que se dedica a cui­dar de ido­sos pre­cisa ter habi­lida­des rela­cio­nadas ao auto­con­trole e a orga­niza­ção das suas ati­vida­des, tare­fas e ações diá­rias. O auto­con­trole é essen­cial para lidar com as pos­síveis situa­ções adver­sas do dia a dia de mane­ira clara, res­pon­sável e com racio­cínio lógico. Muitas vezes é pre­ciso dei­xar as emo­ções de lado e agir com rapi­dez e asser­tivi­dade. Em con­junto com o auto­con­trole é neces­sário, tam­bém, con­tro­lar e orga­nizar todo o ambi­ente ao redor do idoso. O ideal é que tudo seja minu­cio­samente pro­gra­mado e admi­nis­trado, já que ido­sos pos­suem horá­rios para tomar remé­dios, ir a con­sul­tas médi­cas, fazer exames perió­dicos e acom­panhar a pres­são arte­rial, os valo­res glicê­micos e even­tual nível de dia­betes, por exem­plo.

5. Profissionalização

Cursos online com certificado são essenciais para desenvolver as habilidades necessárias para um cuidador de idosos. Além disso, para este tipo de atua­ção no mer­cado, o pro­fis­sio­nal é cobrado, muitas vezes, por demons­trar credi­bili­dade e expe­riên­cia acadê­mica para lidar com as diver­sas situa­ções adver­sas que podem acon­tecer na sua rotina de traba­lho. Cuida­dores de ido­sos neces­sitam, para além das habi­lida­des par­ticu­lares, o conhe­cimento espe­cífico de pro­cessos e ativi­dades, como o desen­volvi­mento de uma ficha de acom­panha­mento, quais são as bar­rei­ras da velhice e como fun­ciona o esta­tuto do idoso. Além, é claro, da apli­cação dos pri­mei­ros socor­ros e do conhe­cimento da rede de apoio social e os tele­fones mais úteis para auxi­liar em pos­síveis pro­blemas.